No Dia Mundial das Línguas Gestuais, a UniSecal reforça seu papel social ao formar pedagogos com conhecimento de Libras

Ensino da comunicação por gestos faz parte da grade curricular do curso de Pedagogia

 

Se antes, lecionar para pessoas surdas era uma limitação nas escolas, hoje está se tornando realidade, pois a grade curricular das instituições de ensino superior está cada vez mais moderna e adaptada às exigências do mercado.

Um exemplo é o curso de Pedagogia da UniSecal, que possui o ensino da Língua Brasileira de Sinais (Libras) como disciplina atendendo a legislação vigente e, assim, contribuindo com a garantia do direito à educação para todos.

E aprender a língua dos sinais é um diferencial, como explica Geverson Wesley Melo da Silva, graduado em pedagogia. “A Libras no curso foi muito interessante, principalmente por termos um professor surdo, onde os alunos presenciaram a realidade de como os surdos se comunicam com ouvintes”.

Geverson usa a Libras em seu dia a dia como professor | Foto: arquivo pessoal

A coordenadora do curso de Pedagogia, Perla Cristiane Enviy, ressalta que o ensino de Libras visa formar e habilitar o futuro pedagogo para atender a necessidade profissional da educação básica. “A partir da perspectiva da inclusão, compreendemos que o ensino de Libras na matriz é um diferencial no processo formativo docente já que auxilia no trabalho com crianças, jovens e adultos que fazem uso da língua e o professor precisa estar preparado para este trabalho”.

O professor de educação infantil em Castro, Geverson, reforça as palavras de Perla e comenta que um profissional habilitado em Libras é um diferencial. “Quando o aluno chegar na escola e souber que tem outras pessoas que entendem a sua língua haverá estímulo de aprendizagem, deixando o assunto mais interessante e chamativo”.

Segundo dados do IBGE, 5% dos brasileiros são surdos. Estima-se cerca de 10 milhões com algum problema para ouvir, enquanto 3 milhões não ouvem nada.

Além disso, quando se trata da educação das pessoas surdas, os dados são alarmantes, pois, segundo o Instituto Locomotiva em uma pesquisa na Semana da Acessibilidade Surda em 2019, cerca de 7% dos surdos brasileiros têm ensino superior completo, 15% frequentaram a escola até o Ensino Médio, 46% até o fundamental, enquanto 32% não têm um grau de instrução.