Os acadêmicos da UniSecal são constantemente estimulados por professores e orientadores a desenvolverem e participarem de projetos de cunho social, acadêmicos e até mesmo democráticos. Esse é o caso do estudante Eduardo Vaz, discente do curso de jornalismo e responsável pelo projeto “Promessas de Campanha” (PDC), uma iniciativa que atua como uma ferramenta política de supervisão das propostas feitas por candidatos nos próprios planos de governo.
Atualmente no oitavo período da graduação, ele já conta com uma longa carreira no jornalismo, com mais de 17 anos de experiência. No momento, é apresentador da Rádio Lagoa Dourada, coordena as produções gerais do grupo D’Ponta Mídias e Consultorias, está diretamente ligado ao portal de notícias e revista do grupo. Com o lançamento do PDC, a ideia tem chamado atenção de jornais, redes de televisão e portais jornalísticos.
Resumindo, o projeto é um site de jornalismo colaborativo, onde várias pessoas podem participar. Neste site, os colaboradores podem acompanhar as promessas de candidatos da própria cidade, estado ou de todo o Brasil. Além disso, ao saberem se uma proposta de determinado político eleito foi cumprida ou não, os usuários podem atualizar o site. As colaborações externas são sempre checadas por um time de jornalistas responsáveis.
“A cada dois anos, todos somos bombardeados com promessas de todos os tipos durante os períodos eleitorais. Infelizmente poucos eleitores mais conscientes voltam aos planos de governos divulgados em campanha para analisar o que foi realmente feito daquilo que foi prometido. O PDC surge para escancarar uma realidade que impacta a todos nós — o descaso com as promessas de campanha”, afirma Eduardo.
A ideia desenvolvida pelo acadêmico foi aprovada como trabalho da matéria de produto experimental e recebeu grande apoio dos professores e da instituição.
Redação: Sendo apresentado como produto experimental, ele recebeu apoio e incentivo dos professores da UniSecal?
Eduardo: A UniSecal, junto da coordenação do curso de jornalismo, que de fato, foi a primeira ‘Empresa Amiga da Democracia’ (conceito criado para identificar empresas que ajudam as Promessas de Campanha permanecer no ar). O apoio do Centro Universitário foi total, inclusive com a aprovação do PDC como produto a ser desenvolvido por acadêmicos na disciplina de Projeto de Extensão neste segundo semestre de 2022.
Muitas pessoas questionam participar do PDC por tratar especificamente de uma checagem política e, em alguns casos, afasta empresas que poderiam ser parceiras na ideia. Tais empresas preferem não ter uma ligação com o PDC por envolver política. “Antes da inclusão da UniSecal como parceira, fui até a Reitora Isaura Aguiar e questionei se isso não teria problema para o Centro Universitário”, revelou Eduardo. Para saber mais sobre o projeto do acadêmico, confira a entrevista abaixo:
Redação: Como surgiu a ideia de desenvolver este projeto?
Eduardo: As Promessas de Campanha vem de uma necessidade de fazer algo a mais, voltado à política, envolvendo o jornalismo. É papel de todos os cidadãos, fiscalizarmos os governantes. Infelizmente isso não acontece. Então, é preciso que o jornalismo também tenha o papel de instigar, a todo momento, que as pessoas estejam atentas às gestões públicas.
O PDC nasce para facilitar esse processo. A cada dois anos, todos somos bombardeados com promessas de todos os tipos durante os períodos eleitorais. Infelizmente poucos eleitores mais conscientes voltam aos planos de governos divulgados em campanha para analisar o que foi realmente feito daquilo que foi prometido. Também surge para escancarar uma realidade que impacta a todos nós — o descaso com as promessas de campanha.
Tornou-se cultural imaginar que as promessas nuncas eram cumpridas, com o questionamento: será?
A plataforma vem para facilitar a volta ao plano de governo (obrigatoriamente registrado no TRE pela chapa eleitoral) e checar a realidade dos fatos e o andamento de gestões do Poder Executivo.
Aliado à isso, o projeto é colaborativo, ou seja, deve unir a comunidade na manutenção dos dados atualizados, bem como propiciar para os acadêmicos de jornalismo de todo o Brasil a oportunidade de vivenciar a profissão e compreender, na prática, a importância da checagem de fatos.
Redação: O projeto tem recebido grande atenção da mídia e população. Você já esperava esta aceitação? Como está sendo este momento para você?
Eduardo: Imaginava que o lançamento poderia causar reações dos dois tipos, daqueles contentes com a iniciativa e, claro, também aqueles que não gostaram muito. Até o momento confesso que não recebi nenhum feedback negativo, apenas cumprimentos pelo projeto e pela importância social que ele tem. É um projeto que deve se expandir para outros municípios dos Campos Gerais nos próximos meses e, logo no início de 2023, para todos os estados e também analisando promessas do Governo Federal após as eleições de novos governadores e Presidente. A divulgação, em todos os meios de comunicação, é essencial para ele poder atingir o objetivo de checar as promessas utilizando-se da colaboração de internautas. É um conjunto que precisa caminhar lado a lado com a comunidade.
Redação: Como você vê a importância da realização de um projeto como este atualmente?
Eduardo: A consciência política, infelizmente, ainda depende de cada um. E cabe a nós, jornalistas, instigarmos cada vez mais pessoas para desenvolverem o hábito de acompanhar a política, afinal de contas ela norteia a vida de todos nós. Ter essa realidade das promessas de campanhas, checadas, na palma da mão, pode ser um grande passo para que todos nós, eleitores, analisemos com um cuidado maiores os gestores que escolheremos.
Nós da UniSecal parabenizamos o estudante Eduardo Vaz pela idealização e iniciativa com o projeto Promessas de Campanha. Acreditamos que ideias como esta, com intenso caráter democrático e social, são de grande importância para tornarmos o nosso país um lugar mais justo e igualitário!